

Uma boa audição é a base para o desenvolvimento da fala. A audição do bebê se desenvolve totalmente nos primeiros meses de vida, logo, é importante detectar qualquer problema o quanto antes, e para isso existe o teste da orelhinha, que é realizado enquanto o bebê está dormindo. Esse teste tem como finalidade avaliar a audição em bebês, e não machuca e nem gera incômodos.
O que é o teste da orelhinha?
O Teste da Orelhinha, também conhecido como Triagem Auditiva Neonatal (TAN), é o principal procedimento para detecção de perda auditiva precoce. Ele é realizado nos bebês até 48 horas após o nascimento.
Por que fazer o teste da orelhinha?
Todo problema auditivo na infância terá efeito na aquisição da linguagem e voz durante o desenvolvimento infantil, quanto mais cedo o déficit de audição for percebido melhor será o prognóstico. O Teste da Orelhinha consegue dar a informação mais precoce possível sobre a audição do neonato, dando a possibilidade de intervenção médica e fonoaudiológica o mais cedo possível. Além do mais, a lei no 12.303, de agosto de 2010, tornou obrigatória a realização gratuita do exame de EOA, em todos os hospitais e maternidades. Não tem porque não fazer!
O que fazer se o teste da orelhinha der alterado?
O Teste da Orelhinha é um exame qualitativo, ou seja, os resultados obtidos não podem confirmar o local da possível lesão auditiva e os limiares auditivos. Porém, pode indicar que há um déficit auditivo e essa informação é de grande valia para o desenvolvimento da criança. Quando o neonato não passa no Teste da Orelhinha, o mesmo deve ser submetido a outros testes (como por exemplo o PEATE), que juntos avaliam o possível local afetado e até mesmo a patologia que está causando a perda auditiva. Essa análise de múltiplos testes é chamada crosscheck. Quanto antes detectado melhor o prognóstico, isso por conta que a intervenção médica e fonoaudiológica será iniciada já nos primeiros dias de vida, fazendo com que o processo de aquisição de linguagem do recém nascido (em muitos dos casos), não seja afetado
Os bebês que tem maior risco de ter o teste de orelhinha alterado são:
0 – 28 dias de vida:
Todos os recém-nascidos admitidos em UTI Neonatal por 48h ou mais;
Nasceram prematuros, antes das 38 semanas de gestação;
Estigmas ou outros achados sugestivos de síndromes associadas à perda auditiva;
Apresentam algum caso de surdez na família;
TORCHS (Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes, Sífilis);
Anomalias craniofaciais, incluindo anomalias da orelha externa.
29 dias a 2 anos de vida:
Preocupação familiar em relação à audição, fala ou linguagem;
Estigmas ou outros achados sugestivos de síndromes associadas à perda auditiva;
História familiar positiva;
TORCHS (Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis);
Hiperbilirrubinemia em nível de exsangüíneotransfusão;
Uso de drogas ototóxicas (aminoglicosídeos e agentes quimioterápicos);
Infecções associadas a perdas auditivas neurosensoriais (ex: meningite bacteriana);
Otite média com efusão recorrente ou persistente por pelo menos três meses;
Traumatismo cranioencefálico (TCE).
Acufenometria para Zumbido
A acufenometria mede o tipo (frequencia sonora) e o volume do zumbido que é percebido pela pessoa..
Sendo assim, esse teste é realizado para descobrir o tipo de zumbido que o paciente ouve.
Como é feito o teste?
Nesse teste colocamos o paciente na cabine acústica e damos vários estímulos sonoros, variando a frequência e a intensidade, o paciente deve dizer se o som está parecido com o som do zumbido que ele ouve.
O objetivo é achar o som mais parecido possível com o zumbido para que possamos informar o software do aparelho auditivo quais as características acústicas que precisam ser aplicadas no tratamento do zumbido do paciente. Geralmente quando o paciente relata zumbido o otorrino pede pra fono fazer esse exame junto com a audiometria, porque essa esta avaliação auxilia na determinação do melhor método de tratamento para o zumbido.
É preciso algum tipo de preparação?
Não necessariamente, mas alguns pontos devem ser observados para o sucesso do teste. Para um resultado mais confiável, é preciso, além da cabine calibrada corretamente, que o paciente não esteja com rolha de cera ou qualquer outra obstrução física no ouvido, que tenha passado por uma audiometria e que não tenha, comprovadamente, uma perda auditiva severa ou profunda nem o que os especialistas chamam de zumbido pulsátil.