São basicamente três tipos: condutiva, sensorioneural e mista, que variam de acordo com a região do ouvido afetada
Existem diferentes tipos de perdas auditivas. Além do grau de intensidade – leve, moderado, moderadamente severo, severo e profundo –, ela também é caracterizada pela região lesionada no ouvido. Em geral, são trêstipos e hoje vamos falar sobre cada um deles e como diferenciá-los.
Mas antes de falar sobre os tipos, você sabe o que é a perda auditiva? A audição é medida por decibéis (dB), verificada individualmente ou em ambas as orelhas por meio de um exame chamado audiometria.
Este exame tem como objetivo avaliar a capacidade auditiva do indivíduo na interpretação de sons, detectando alterações por meio do intervalo de frequências escutadas ou pela capacidade de compreensão de determinadas palavras.
Existem outros exames complementares que auxiliam no diagnóstico da perda auditiva. O acompanhamento feito com profissionais é importante para prevenir, diagnosticar e monitorar o grau evolutivo da perda auditiva ao longo da vida.
Tipos de perda auditiva
Como falamos acima, são basicamente três tipos: condutiva, sensorioneural e mista. Entenda mais sobre cada um deles:
Perda auditiva condutiva
Um dos tipos mais comuns, a perda condutiva, como o nome mesmo diz, impede que as ondas sonoras sejam conduzidas do ouvido externo para o ouvido médio. É uma condição que pode ser revertida em muitos casos.
As causas são variadas, podendo ser pela colocação de corpos estranhos no interior do ouvido, malformação dos ouvidos médios, perfuração no tímpano, ou ainda, pela inflamação com secreção e infecção (otite), calcificação que diminua a mobilidade do estribo (otosclerose), outros problemas nos ossos do ouvido e tumores benignos (colesteatomas).
Perda auditiva sensorioneural
A perda auditiva sensorioneural é marcada por um dano parcial ou total nas células sensoriais do ouvido interno, causando também uma perda neural no nervo auditivo. Mesmo que o canal do ouvido externo e médio esteja em perfeito funcionamento, a falha se dará na codificação dos sinais sonoros para o nervo auditivo, isto é, o som chega, mas não consegue ser processado e enviado para o cérebro.
Normalmente, é considerado um dos tipos mais graves e costuma ser irreversível. Sua causa está relacionada a alterações congênitas, podendo ser hereditária, por envelhecimento natural (presbiacusia), exposição crônica a sons elevados, traumas e medicamentos agressivos ao ouvido.
Os sintomas podem acometer um dos ouvidos ou ambos, sendo que a perda em uma das orelhas pode causar dificuldades para entender a fala.
Perda auditiva mista
A perda mista é uma junção dos dois tipos de perdas descritas acima, causando danos tanto no ouvido externo ou médio como no ouvido interno.
Neste tipo, a alteração na condução do som pode ser reversível, porém o problema sensorial é permanente. Infecções de ouvido crônicas, traumatismos, tumores e lesões na cabeça podem estar entre as causas, além de fatores genéticos.
De maneira geral, os três tipos (condutiva, neurossensorial e mista) podem ser tratados com o uso de aparelhos auditivos específicos para cada situação. A ideia é que eles sejam utilizados para amplificar o sinal acústico, forçando o som a passar pela área bloqueada, mas, em alguns casos, o aparelho pode não ser suficiente ou não levar o som claramente.
Pequenas cirurgias também podem ser cogitadas, a fim de solucionar o problema e recuperar boa parte da audição sem deixar sequelas.
Audição é assunto sério e não deve ser deixado de lado. Aos primeiros sinais de dificuldade para escutar, procure orientação médica com especialistas para realizar testes específicos e análise clínica com direcionamento para um diagnóstico preciso e a indicação das melhores formas de tratamentos.